O projeto de musicalização acontece desde o berçário até o grupo cinco, com encontros semanais para cada grupo individualmente e um encontro coletivo mensal.

Nos encontros, experimentamos com nosso corpo, com tecidos, bolinhas com texturas, bem como com instrumentos de percussão, voz, violão, flautas e caixas de música. Com as crianças menores, desenvolvemos um trabalho maior com os acalantos (músicas cantadas por adultos para ninar os pequenos), com os brincos (músicas que o adulto canta para a criança, estimulando-a de diversas maneiras, com cócegas, pequenos apertões, ou simplesmente balançando-as) e com rodas cantadas e dançadas; com as crianças maiores também exploramos o universo das brincadeiras de mão, túnel, com pega-pega, pulos, escolhas, rimas, abrindo espaço para o diálogo com histórias, criação coletiva e busca por movimentos mais finos com instrumentos musicais.

Pensar uma educação musical à serviço da infância, nos convida a mergulhar no universo lúdico, não como entretenimento, mas com a seriedade que a brincadeira revela.

A educadora e musicóloga baiana Lydia Hortélio desenvolveu o termo cultura da infância, designando a cultura gerada pela infância, a partir de sua interação com o mundo, originando, além de outras coisas, um rico repertório musical que carrega a delicadeza que os meninos e meninas precisam. São músicas que encaixam no corpo e na voz das crianças e o brincar é o grande condutor. Cada música traz uma corporeidade diferente, um desafio, um jogo de palavras, uma melodia, revelando ritmos diversos e ricos, de um ainda Brasil pouco conhecido.

Pom Pom Pom é uma brincadeira musical que faz muito sucesso com as crianças do Berçário ao G2. Clique no botão abaixo e conheça outras músicas do nosso repertório.

Repertório Musical

Vivemos em um país com uma diversidade impressionante de manifestações e folguedos, ricos em cores, ritmos, danças, comidas, mitologias, que nos conectam com nossa identidade enquanto povo.

É preciso dar espaço para a invenção do novo, bem como valorizar e aprender com a cultura de onde vivemos, para caminharmos, como diz a educadora Maria Amélia Pereira, em direção de “uma educação que nos enraíze ao mesmo tempo que nos liberte”.